Uma coisa que eu não me canso de fazer é olhar para fotografias antigas de
famílias. Principalmente as da minha família. Toda vez é uma surpresa.
Sempre descobrimos algo de novo. Uma marca, um olhar, uma atitude.
E claro, os descendentes, ou seja, nas gerações que se seguem, é possível
notar essas semelhanças.
É por isso que no meu livro Origem, eu exalto o tema da força da genética,
a força do sangue. Ainda hoje, me impressiono com alguns exemplos disso.
Observando as pessoas, as famílias, seus traços, suas atitudes.
Como herdamos não somente traços físicos, mas também trejeitos,
personalidade e caráter. É um exercício que adoro fazer.
Essas fotos que coloco aqui, são de alguns membros da minha família, que
exemplifica um pouco do que estou falando.
Façam esse exercício, é uma delícia, principalmente com fotos de pessoas que
conhecemos a vida toda, que amamos, e que nos trazem tão boas memórias.
Clique nas imagens, para poderem ver os detalhes.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Volta às aulas, no IMS- Rio de Janeiro
Cheguei ontem do Rio, aonde fui fazer um curso no Instituto Moreira Salles.
O tema: " A Fotografia Brasileira no Século XIX", importantíssimo para se
compreender a história da fotografia no Brasil, e também a história da família
real através das fotografias.
A exposição Retratos do Império e do exílio - Imagens da família Imperial
brasileira no acervo de dom João de Orleans e Bragança, com 150 fotografias
da família real, no próprio IMS, fica até 29 de maio de 2011.
Princesa Isabel
Insley Pacheco, 1870
D. Pedro II
Alfred Fillon, 1876
Além do tema, o que mais me atraiu para o curso foram os palestrantes.
O escritor e fotógrafo Pedro Vasquez, o pesquisador e professor Joaquim Marçal
e o coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi.
Foram quatro dias intensos, no bom sentido. Até agora, estou absorvendo as
imagens, dados e informações, que não foram poucas. Também, uma lista de
livros para pesquisa e apreciação, que vai além da minha vontade de comprar
todos. Referência é tudo, e nada melhor do que livros, livros e mais livros.
Descrevo aqui o que foram esses dias:
- A fotografia de paisagem. Fotógrafos de origem francesa na fotografia
brasileira do século XIX, com Sergio Burgi.
- D. Pedro II e a fotografia. O retrato fotográfico na segunda metade do século
XIX, com Pedro Vasquez.
- A fotografia no livro e na imprensa periódica na segunda metade do século
XIX e no início do século XX, com Joaquim Marçal.
Vimos inúmeras imagens das maravilhosas paisagens do Rio de Janeiro, de Marc
Ferrez. Imagens também , para mim desconhecidos, dos fotógrafos Florence,
Klumb, Stahl, Leuzinger.
Quanto aos retratos, imagens de Victor Frond, que fez os primeiros registros de
escravos no Brasil, assim como Christiano Júnior. Também Insley Pacheco, que
em 1860 recebe o título de fotógrafo da casa imperial. Foi maravilhoso poder
rever a história da família real através das fotografias.
Recebemos uma aula sobre as primeiras imagens impressas no Brasil, desde a
gravura em madeira, metal e litografia, passando pelo processo de "copiar ao
natural", através da utilização da camera obscura, até os processos
fotomecânicos (matriz feita pelo homem). Muito interessante ver a evolução
desses processos.
Marc Ferrez, 1885
Klumb, 1870
Victor Frond, 1859
Christiano Júnior, s/d
Princesa Isabel e conde d'Eu, no exílio, 1919
P. Gavelle
Princesa Isabel, no exílio, 1919
P. Gavelle
Família imperial reunida no castelo de Normandia, 1918
P. Gavelle
Fizemos uma visita à reserva técnica do instituto, onde é feita toda a
recuperação, preservação e tratamento dos arquivos, como negativos em
vidro ou originais em papel. É impressionante o cuidado, precisão, técnica e
conhecimento de como tudo funciona. Depois visitamos o acervo, aonde
tivemos a oportunidade de ver várias imagens e portfolios de fotógrafos.
O instituto tem um acervo de 550 mil imagens.
A visita à exposição com os "mestres" foi a concretização de tudo que tínhamos
visto e falado nos dias anteriores. Ver as ampliações, os tipos de processos e
papéis. Mas principalmente as imagens em si, aquilo que voce vê diante de si.
Os retratos, os rostos, a família. A história. Emocionante.
Resumindo: 17 horas de pura atenção, com uma turma de 40 pessoas
interessadíssimas, professores entusiasmados, troca de informações,
e claro contatos de emails.
Nunca me canso de poder aprender cada vez mais sobre qualquer tema ligado à
fotografia. Por isso acho essencial fazer novos cursos, ler e se reciclar.
Agradeço ao IMS por esta oportunidade e neste caso em especial, a estes 3
mestres, que com toda dedicação e entusiasmo, dividiram os seus
conhecimentos e os seus olhares.
IMS, Rio de Janeiro
Retratos do Império e do exílio
De 23 de fevereiro a 29 de maio de 2011
Rua Marquês de São Vicente 476, Gávea
Tel.: (21) 3284 7400
algumas referências:
- William Henry Fox Talbot (1800-1877)- fez o primeiro livro fotográfico da história,
" The Pencil of Nature", 1844. Primeiro processo positivo/negativo. Este livro já aponta
para todos os caminhos da fotografia.
- Victor Frond (1821- 1881)- publicou a primeira obra fotográfica no Brasil, em 1859.
"Brasil Pitoresco", onde apresentou pela primeira vez um registro sobre o trabalho escravo
no país.
- Henrique Klumb (183?-ca. 1886)- publicou "Doze Horas em Diligência"- Guia do Viajante
de Petrópolis a Juiz de Fora, editado em 1872, mostrando com fotografias a viagem, que
durava 12 horas.
- outra obra importante: "Album de Vues du Brésil", 1889, produzido pelo Barão do Rio
Branco.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Viagem a Salta, Argentina
É muito bom quando qualquer expectativa é superada.
Isso aconteceu na minha viagem à Salta, Argentina, na
semana passada.
Sinceramente não sabia muito o que esperar da cidade e
sua região. Fui a Salta, para a inauguração da exposição
ORIGEM, no Museu de Arte Contemporânea, que fica
localizado na Plaza 9 de Julio. Chegando lá, fui conhecer
o museu, junto com Elda Harrington, fundadora dos Encuentros
Abiertos de Fotografia, festival que acontece a cada dois anos,
desde 1989. A montagem já estava quase toda pronta. Três salas,
com as 29 imagens, prontas para serem penduradas.
Foi mais uma vez uma emoção.
Agora, era só curtir um pouco a cidade.
No dia seguinte, fomos de carro para Purmamarca, na província
de Jujuy, 200 km de Salta, numa altitude de 2200 m.
Purmamarca, significa povoado da terra virgem, ou povoado do
deserto, por ser pouquíssimo tocado pelas mãos humanas. Foi
nomeada patrimônio da humanidade pela Unesco.
A arquitetura, é conhecida por arquitetura da terra.
Fizemos o Passeio de los Colorados, onde se encontra o Cerro de
7 colores. É realmente impressionante as diferentes cores. E o céu
é o mais azul que já vi

Fomos mais adiante, pela Costa do Lipan a 4000 m de altitude, até Salinas Grandes, que fica a 126 km de Purmamarca. Um mar de sal, com 12.000 hectares. Uma visão mágica, impressionante.
meus companheiros, Carlos, Elda e Ronald
meus companheiros, Carlos, Elda e Ronald
Depois da inauguração da exposição, voltamos a Buenos Aires e ainda curtimos um pouco a cidade. Visita à Fundación Proa, com a mostra:
Louise Bourgeois: "el retorno de lo reprimido",
e ao Malba, com duas exposições lindas:
Grete Stern: Los sueños 1948- 1951 e Papeles Modernos: de Toulouse- Lautrec a Picasso.
![]() |

Como disse no início, essa jornada superou todas as
minhas expectativas, mas o que mais me deixou feliz
foi a companhia da pessoa que está sempre ao meu lado.
Assinar:
Postagens (Atom)